selinhos !!!!!!!!!!

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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz ano novo

TA CHEGANDO....2011...Feliz ano novo pra todos




Que em 2011 possamos nos ver mais,conversarmos, mais, amar mais,sorrir mais,viajar mais, cantar mais,sentir mais, servir mais e simplesmente ser feliz

domingo, 26 de dezembro de 2010

MEU NIVER....

MEU NIVER....muito feliz,quero compartilhar com todos um pedaço de meu bolo, agradecida a Deus por cada dia de vida a té hoje vivido,Gloria a Deus

sábado, 25 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL


FELIZ NATAL PESSOAL, QUE O AMOR DE JESUS POSSA NASCER TODOS OS DIAS NA SUAS VIDAS

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Poema de Natal


Poema de Natal

Vinicius de Moraes

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010


Esses são os preceitos do direito: viver honestamente (honeste vivere), não ofender ninguém (neminem laedere), dar a cada um o que lhe pertence (suum cuique tribuere)", segundo Ulpiano e com certeza devem ser norteadores da vida pessoal e profissional de cada advogado.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

É preciso respeitar a advocacia


Sou advogada especialista em Direito do Trabalho e também atuo na àrea civil, simplesmente detesto criminal, mas esse artigo tem tudo a ver com todos nós advogados, seja qual for nossa àrea, sei que existem advogados sem ética no entanto, a generalização é temerária, pois em nossa maioria somos éticos e idôneos, não admitamos pois que denigram nossa imagem, temos uma das profissões mais honradas e respeitadas, portanto, que se puna aos maus e respeitem aos bons advogados,essa é a nossa luta, por isso considero muito oportuno o artigo postado pelo Dr. Homero Mafra, parabéns a ele.


Artigo: É preciso respeitar a advocacia

Vitória (ES), 03/12/2010 - O artigo "É preciso respeitar a advocacia" é de autoria do presidente da Seccional da OAB do Espírito Santo (OAB-ES), Homero Mafra, e foi publicado no site Consultor Jurídico:

"Os jornais noticiam que o Ministro da Justiça defende, abertamente e sem nenhum pudor, o "monitoramento" das conversas entre advogados e presos nos parlatórios.

Essa foi uma das "soluções" apresentadas diante do quadro vivido no Rio de Janeiro: monitorar (eufemismo para escuta, invasão da privacidade, grampo ou qualquer outro termo mais adequado) as conversas entre os advogados e seus clientes, como se os advogados fossem os responsáveis pelo ingresso de armas no território brasileiro e como se os advogados, de forma generalizada, se prestassem ao papel de pombo correio do crime.

É possível que alguns advogados desbordem de seu papel e de sua necessária postura ética e se prestem a levar e trazer recados, inclusive com ordens para que se cometam crimes. Os que se escondem sob uma inscrição na Ordem para efetivar tais práticas não são advogados: são bandidos e devem ser excluídos da advocacia. Com eles e com tais condutas não pode haver complacência.

Mas esses, que se disfarçam de advogados, são minoria. A imensa maioria dos advogados é séria, é ética, é digna e exige ser respeitada.

Não se pode aceitar a proposta de invasão da privacidade que deve regular a conversa dos advogados com seus clientes, pois isso significa aceitar a pecha de que somos os advogados porta vozes de criminosos e mensageiros do mal..

"Monitorar" conversa, "escutar" o que falam cliente e advogado é inaceitável. Representa afronta às prerrogativas profissionais e fere o direito do preso. Como ensina Mirabete a entrevista pessoal e reservada é "um direito que tem seu fundamento no âmbito da Constituição Federal, que garante aos acusados ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. (...). Assim, devem ser concedidas as maiores facilidades para essa comunicação pessoal que, por ser reservada, exige que se lhe destine um lugar apropriado e digno no estabelecimento penitenciário, garantindo o sigilo que deve presidir essas relações do cliente com seu procurador judicial."

No entanto, ao invés de afirmar o Estado Democrático, o Ministério da Justiça - é o que leio - apresenta proposta que nem na ditadura se ousou sustentar.

É preciso repudiar as afirmativas dos que, diante da falência do Estado na questão da segurança pública, buscam passar para a população a noção de que o advogado se confunde com seu cliente e imputam aos advogados, como regra, condutas que são exceção.

Somos, os advogados, indispensáveis à administração da justiça e necessitamos, para nosso exercício profissional pleno, do respeito às nossas prerrogativas.

Porém, quando se vê tamanho absurdo, quando nos deparamos com tão clara proposta de quebra de nossas prerrogativas profissionais e de insulto a nossa profissão, é reconfortante relembrar o Ministro Celso de Mello: "qualquer conduta dos agentes e órgãos do Estado que afronte direitos e garantias individuais, como o direito de defesa, cerceando e desrespeitando as prerrogativas profissionais do Advogado, representa um inaceitável ato de ofensa à própria Constituição e, como tal, não será admitido nem jamais tolerado pelo Supremo Tribunal Federal."

Prerrogativa não é privilégio. Nós, que resistimos às ditaduras, não nos curvaremos a propostas demagógicas, populistas e flagrantemente ilegais.

Por isso, como advogados, dizemos: respeite, eminente Ministro, a advocacia brasileira."

Fonte:artigo postado no blog prestando prova.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sobre a tolice


"A tolice é um inimigo mais perigoso do bem do que a maldade. Contra o mal se pode protestar, é possível desmascará-lo, pode-se, em caso de necessidade, impedi-lo com o uso da violência. O mal sempre já traz em si o germe da auto-desagregação, pelo fato de deixar ao menos um mal-estar na pessoa. Contra a tolice não temos defesa. Nada se consegue com protestos nem com violência; argumentos não adiantam; a fatos que contradizem o próprio preconceito não se precisa dar crédito – em tais casos o tolo até mesmo se torna crítico – e se esses fatos são incontornáveis, simplesmente se pode pô-los de lado como casos isolados sem significado. Diferentemente do malvado, o tolo está completamente satisfeito consigo mesmo; ele até mesmo se torna perigoso, pois facilmente se sente provocado e passa à agressão. Por isso, recomenda-se mais cautela em relação ao tolo do que ao mau. Nunca mais tentaremos persuadir o tolo com argumentos; é inútil e perigoso.

Para sabermos como podemos enfrentar a tolice, teremos de procurar entender sua natureza. Está provado que a tolice não é [essencialmente] um defeito intelectual, mas um defeito humano. Há pessoas intelectualmente muito ágeis que são tolas e outras intelectualmente muito lentas que são tudo, menos tolas. Para nossa surpresa fazemos essa descoberta por ocasião de determinadas situações. A impressão que se tem é de que a tolice não é tanto um defeito de nascença, mas que, sob certas circunstâncias, as pessoas são feitas tolas, isto é, deixam-se tornar tolas. Observamos ainda que pessoas retraídas e de vida solitária apresentam esse defeito com menos freqüência do que aquelas pessoas ou grupos de pessoas que se inclinam à convivência ou estão condenadas a ela. Assim sendo, a tolice talvez seja um problema mais sociológico do que psicológico. Ela é uma forma particular de influência das circunstâncias históricas sobre a pessoa, um sintoma psicológico de determinadas situações externas. Examinando melhor a questão, mostra-se que qualquer demonstração exterior mais forte de poder, seja ele político ou religioso, castiga boa parte das pessoas tornando-as tolas. E até se tem a impressão de que se trata aí de alguma espécie de lei sociológico-psicológica. O poder de uns precisa da tolice dos outros. No entanto, o que acontece não é que determinadas capacidades – como, por exemplo, as intelectuais – de repente se atrofiem ou desapareçam na pessoa, mas que, sob a impressão avassaladora causada pela demonstração de poder, a pessoa é privada de sua autonomia interior e então desiste – mais ou menos inconscientemente – de encontrar uma postura própria diante das condições de vida com que se depara. O fato de que o tolo muitas vezes se mostra obstinado não deve nos levar a concluir que seja independente. Na conversa com ele chega-se a sentir que não é com ele mesmo que se está tratando, mas com chavões e palavras de ordem que tomaram conta dele. Ele está fascinado, obcecado, foi maltratado e abusado em seu próprio ser. Tendo-se tornado, assim, um instrumento sem vontade própria, o tolo também é capaz de qualquer maldade e, ao mesmo tempo, incapaz de reconhecê-la como tal. Aqui reside o perigo de um abuso diabólico, por meio do qual pessoas poderão ser destruídas para sempre.

Mas é também neste ponto que se torna muito claro que não é um ato de instrução, mas somente um ato de libertação que poderia vencer a tolice. E aí teremos de conformar-nos com a constatação de que uma libertação interior autêntica, na maioria dos casos, somente será possível depois que tiver ocorrido a libertação exterior. Até que esta aconteça, temos de desistir de todas as tentativas de persuadir o tolo. Este estado de coisas também explica por que, nas referidas condições, nos esforçamos em vão para saber o que "o povo" realmente pensa, e por que, para a pessoa que pensa e age com responsabilidade, essa pergunta torna-se, ao mesmo tempo, dispensável – sempre apenas sob as circunstâncias dadas. A palavra da Bíblia de que o temor de Deus é o princípio da sabedoria afirma que a libertação interior da pessoa para uma vida responsável diante de Deus é a única verdadeira superação da tolice.

Aliás, estas reflexões sobre a tolice têm até um aspecto consolador, porque de maneira alguma permitem que consideremos a maioria das pessoas como tolas em qualquer circunstância. A questão decisiva é realmente se os detentores do poder esperam mais da tolice ou da autonomia interior e da inteligência das pessoas."

(BONHOEFFER, Dietrich. Resistência e Submissão. Ed. Sinodal, 2003, pp. 33/34)


Dietrich Bonhoeffer nasceu em 4 de fevereiro de 1906, em Breslau na Alemanha. Estudou Teologia em Tübingen e Berlim, onde se doutorou aos 21 anos. Trabalhou em várias igrejas européias de língua alemã (Barcelona, Londres) e concluiu seus estudos nos E.U.A. Em 1935 Bonhoeffer retornou para a Alemanha, aceitando o convite para ser reitor e professor do Seminário da Igreja Confessante, ala da igreja evangélica, que não aderiu à política nacional socialista. Após o seminário ser fechado pela polícia nazista, Bonhoeffer se engajou no movimento de resistência contra Hitler. Após muitas viagens pela Europa, ele foi preso em 5 abril de 1943 e executado em 9 de abril de 1945. Apesar do pouco tempo de vida, Dietrich Bonhoeffer deixou um legado teológico precioso e uma fé viva e coerente com seus ensinos.


TEXTO POSTADO NO BLOG O CONTORNO DA SOMBRA.

Fonte: Sociedade Internacional Bonhoeffer

Tu me viste a substância ainda informe, e no Teu Livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determindado, quando nenhum deles havia ainda." Sl 139:16

Ética na advocacia e tragédia grega


Ética e Direito

Como advogada é de suma importância além de amar o direito ser acima de tudo ética, não importando o quanto se ganha, mas se, moralmente esse ganho é válido, por isso assino em baixo do artigo postado a seguir, o autor não poderia ter sido mais feliz, ótimo texto

Ética na advocacia e tragédia grega



A voz do jovem executivo passou rapidamente de amistosa a tensa: "Mas seu escritório não pode nos dar essa segurança? O advogado da outra parte já disse que dá, e precisamos soltar o dinheiro amanhã." "Impossível", respondi, explicando que o negócio que ambos queriam fazer - a venda de papéis de uma grande empresa no mercado intermediada pelo banco - esbarrava em obstáculo legal intransponível. A lei e as decisões dos tribunais diziam que não podia.

A solução que encontramos foi uma conversa com o advogado da empresa que emitia os papéis e que deveria, em primeiro lugar, ter chamado a atenção para a falha. Quem tem experiência na profissão sabe que nessas horas não se deve esperar reconhecimento de erros, ou pedido de desculpas. Mas previa embaraço ou, um pouco pior, irritação do colega. Nada disso aconteceu: uma voz bem disposta e de polidez a toda prova me informou que seu escritório, conhecido como dinâmico na execução de negócios, documentara daquela forma diversas transações anteriores e não poderia entrar em discussões técnicas.

Renunciei ao caso. A cena se passou há alguns anos, não muitos.

Na tragédia Édipo Rei, de Sófocles, Édipo ouve de um profeta cego, Tirésias, a alusão à causa da insatisfação dos deuses e das consequentes tragédias que infelicitavam Tebas: Édipo havia assassinado seu pai, Laio, e casado com sua mãe, Jocasta, sem saber. Édipo não acredita e acusa Tirésias de mau e traiçoeiro. Seu impulso é culpar todos os que o cercam, menos a si próprio. Aos poucos percebe a verdade, quando fatos se acumulam a sua volta. Desesperado, cega os próprios olhos, entregando-se à metáfora de que, paradoxalmente, só a partir desse ato de desespero conseguiria enxergar.

O que têm que ver cenas tão diversas?

A primeira é, infelizmente, cada vez mais comum na advocacia. Nossa profissão mudou e lentamente o advogado deixou de ser visto como um profissional intelectualmente autônomo, em processo que aqui se acelerou depois da virada do milênio. Bom advogado é aquele que encontra meios de fazer um negócio acontecer, mesmo que se associando ao cliente no risco da ilicitude. Mau advogado, o que não o faz. O resultado aparece narrado na primeira história, que para antes do fim, mas pode originar investidores correndo riscos de que não foram avisados, prejuízos ao Fisco e à credibilidade das instituições econômicas, etc.

Mas de quem é a culpa? Da interposição de intermediários, como os bancos de investimento, entre o advogado e o destinatário final de seus serviços, com executivos voltados mais ao recebimento de bônus no curto prazo e menos para o interesse do próprio cliente ou do mercado que recebe os investimentos ofertados? Dos muitos escritórios de advocacia que aceitam remuneração vinculada ao sucesso da transação e o conflito de interesses que isso produz? Ou de forma mais etérea e diplomática dever-se-ia atribuir a culpa ao "mercado", que pretensamente exigiria documentos imutáveis que copiem a última transação bem-sucedida?

Assim pensaria Édipo, de Sófocles, se fosse bacharel e refletisse sobre a causa da infelicidade que o cerca, sem recurso ao autoconhecimento. E, fazendo isso, esqueceria de um princípio básico de Direito, o de que a cada privilégio corresponde um ônus.

Os advogados recebem por lei importantes privilégios que os cidadãos comuns não têm: postular perante o Poder Judiciário e aconselhar sobre o Direito aplicável a fatos concretos. Pesam ônus sobre nós para contrabalançar esses privilégios, ônus que constam de lei: segundo o Estatuto da Advocacia, em "seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social". Atua o advogado a partir da perspectiva do interesse de uma parte, que deve defender em relação aos interesses da outra, seja essa outra parte um particular, seja o Estado. Nunca, entretanto, em detrimento do interesse público em ver as leis cumpridas.

Na essência do problema da desvalorização da advocacia está a perda de noção pelos advogados da natureza pública do serviço que prestam. Mal que se inicia com a visão de que o advogado é um mero técnico e que a qualidade de seu serviço deve ser aquilatada por sua capacidade de "fazer as transações acontecerem", segundo o lugar-comum promocional usado por muitos escritórios. Bordão justo na maioria dos casos, mas que esquece a significativa minoria de negócios que simplesmente não devem acontecer, porque na forma ou no conteúdo violam a lei.

Se o prejuízo ao interesse público que resulta desse enfraquecimento ético não for suficiente, há também grandes prejuízos privados. O cliente que vê o advogado como um simples técnico o remunera como tal, muitas vezes promovendo cotações entre escritórios que julga farão trabalho semelhante, e contratando sempre e invariavelmente o mais barato. O jovem profissional bem formado, inteligente e idealista se afasta da prática da advocacia, procurando servir o interesse público diretamente, como juiz, integrante do Ministério Público, da Defensoria Pública e carreiras afins. O resultado de todos esses fatores se soma, criando para a advocacia ambiente mais pobre em termos morais, intelectuais e econômicos.

A solução reside numa palavra de três letras: "não." Precisamos reaprender essa palavra simples e usá-la com parcimônia, mas firmeza, sempre que o interesse público de que somos depositários exigir. Não a materiais de oferta de investimentos que omitem a verdade sobre a empresa em que se investe, a planejamentos fiscais que escondem, em vez de evitar o tributo que é devido, a interpretações da lei que ignoram sua letra e espírito, para levar em conta apenas o interesse financeiro imediato do cliente de ocasião.

Porque a alternativa é a tragédia grega.

artigo do Prof. Dr. Eduardo Salomão, advogado e livre-docente pela USP, publicado no Estadão em 13/04/10.