terça-feira, 5 de janeiro de 2010
FALAR/DIZER POESIA
Tenho para mim que ler poesia com a voz não pode ser nunca só conhecê-la e dá-la a conhecer.
Ler poesia é torná-la nossa, que a voz, tanto como os olhos, quer se queira quer não, é espelho da alma.
Ler poesia é como representar, é inventar quem fala, é reinventar um poeta e recriar o momento de escrever.
Por isso é importante escolher o que se lê, não ler qualquer coisa, amar o que se diz, decidir que palavras vão passar a fazer parte de nós e serão daí em diante também nossa memória e nos irão ajudar também a escrever e a ler novas palavras, a estar com os outros.
Luís Miguel Cintra -
SOBRE OS ANOS VIVIDOS
Um dia você aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
William Shakespeare
ERRÂNCIA
Não sabemos.
Mas escrevemos ainda assim.
Regressamos a essa solidão com que esperamos merecer, imagine-se a companhia de outra solidão. Escrevemos, regressamos.
Não há outro caminho.
Rui Pires Cabral
SPLEEN
Spleen no vocabulário do romantismo é sinônimo de melancolia, tédio profundo. A palavra inglesa vem do grego splenikos, o baço, que era considerado pela medicina antiga como uma das sedes dos humores, das emoções. Os românticos fizeram do spleen um estado de espírito. Mas niguém usou tanto a palavra quanto Baudelaire, no título de uma seção de 'As Flores do Mal', 'Spleen e Ideal', de quatro poemas, e do livro de poemas em prosa, 'Spleen de Paris'.
Spleen no sentido baudelairano continua em uso na França.
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